quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Reformando os Reformadores

REFORMANDO OS REFORMADORES
Neif Satte Alam *


“A tarefa de inserção da criança como membro efetivo do planeta, a preparação deste pequeno ser para que possa enfrentar as dificuldades que se apresentarão em seu caminho na busca de uma cidadania plena e as lições de ética, política, moral, de respeito e de amos se darão pelas mãos do professor” (Neiff. Ensaios, missão de ensinar).


O fracasso escolar nas escolas estaduais, muito claro e nítido, não pode ser atribuído ao professor ou ao aluno, mas a uma política educacional equivocada dos governos que estabelecem ações de mudança estrutural, com base puramente econômica. Não fosse assim, não estaríamos frente a um projeto de mudança na carreira do magistério gaúcho que tem como centro principal uma valorização do professor por mérito.
Considerando o proposto de forma reducionista, não contextualizada, parece uma forma adequada, pois teriam acréscimos ao salário os professores que atingissem determinados índices de aproveitamento com seus alunos, isto é, percentuais adequados para aprovação e repetência colocariam alguns professores ganhando mais que outros. Além do erro grosseiro na consideração dos diferentes contextos em que estão as escolas estaduais, deixa claro este projeto que é o professor responsável pelo fracasso escolar.
Com os projetos até agora desenvolvidos pela Secretaria de Educação do Estado e com os resultados ruins destas políticas, a equipe deste órgão público seria, pelos critérios que quer impor aos professores, reprovada e talvez tivesse que devolver as gratificações recebidas para dar solução a este fracasso escolar atribuído tão somente aos professores.
Os professores somente poderão ser responsabilizados se tiverem condições reais de uma educação continuada, de salários que permitam buscar fontes de informações que estão em livros, internet e periódicos especializados, além de cursos de aperfeiçoamento. Naturalmente que as escolas deverão ter uma estrutura compatível com as exigências da SEC/RS, isto é, biblioteca com bibliotecários, Serviço de Orientação Escolar com orientadores educacionais, supervisão escolar com supervisores escolares, direção com administradores escolares, merenda escolar orientada por nutricionistas e assim por diante.
Tudo isto sem considerar que o rendimento dos alunos tem muito a ver com sua condição socioeconômica. Logo, escolas de periferia que já têm dificuldades naturais de rendimento por parte de seus alunos, em comparação com escolar de zonas privilegiadas das cidades, terão professores menos valorizados pelos critérios de mérito propostos pelos reformadores de plantão.
Reformas assim propostas evidenciam a necessidade de reformarmos os reformadores, para que entendam que uma política pública para a educação somente terá sucesso se for encaminhada pelos especialistas da área, isto é, os professores.
*Professor aposentado da UFPEL

Artigo publicado no jornal Zero Hora do dia 15 de janeiro de 2009, p23.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Primeiros passos

Estou iniciando uma nova experiência, com o objetivo de desenvolver atividades e contatos que venham contribuir com minhas atividades como professora do curso técnico em administração (pós-médio), no qual atuo nas disciplinas de estatística e contabilidade, além de supervisão do mesmo.